
O Partido Conservador ─ do atual primeiro-ministro David Cameron ─ se manteve como maior partido no Parlamento britânico, com previsão de obter 331 - 327 já confirmados - dos 650 assentos, o suficiente para uma maioria absoluta.
Em discurso após conquistar seu assento no Parlamento por Witney, Cameron disse ser "muito cedo" para comentar o resultado final, mas afirmou esperar formar um governo.
Segundo ele, sua intenção é seguir com o plano de realizar um plebiscito sobre a permanência da Grã-Bretanha na União Europeia, uma das questões debatidas durante a campanha eleitoral, e finalizar a implantação do plano econômico dos Conservadores.
"Meu objetivo continua simples - governar para todos no nosso Reino Unido. Quero unir nosso país", disse ele.
Cameron retornou para Downing Street com sua esposa Samantha e agora está em reunião com a Rainha no Palácio de Buckingham.
Derrotas
O Partido Trabalhista sofreu uma grande derrota na Escócia, ao perder para o Partido Nacionalista Escocês (SNP), e não conseguiu fazer avanços significativos na Inglaterra e no País de Gales.
Os Trabalhistas, de Ed Miliband, ficaram com 232 assentos. Miliband, que manteve seu assento por Doncaster, já ligou para Cameron para parabenizá-lo pela vitória. Em discurso para comentar o resultado, ele disse que a noite foi "claramente muito decepcionante e difícil para o Partido Trabalhista".
"Não fizemos os ganhos que queríamos na Inglaterra e no País de Gales, e na Escócia, vimos uma onda de nacionalismo esmagar nosso partido". Após a derrota, Miliband renunciou e disse que seu partido precisa "se reconstruir" com um novo líder.
"A Grã-Bretanha precisa de um Partido Trabalhista forte e que possa se reconstruir depois dessa derrota. Nós já voltamos antes e iremos voltar de novo."
"Peço sinceras desculpas por eu não ter conseguido a vitória. Eu fiz o meu melhor nos últimos cinco anos", afirmou.
O SNP conquistou 56 posições - das 59 reservadas aos escoceses no Parlamento. Em 2010, o grupo conseguiu apenas seis cadeiras.
O partido Liberal Democrata, que havia formado um governo de coalizão com os conservadores, também sofreu uma grande derrota, conquistando apenas oito assentos. Em 2010, havia obtido 57.
Nick Clegg, líder dos liberais democratas, manteve seu assento mas renunciou à liderança do partido e disse que foi uma "noite cruel e de punição".
Segundo ele, os resultados foram o "maior golpe" que os Liberais Democratas sofreram desde que o partido foi formado no fim dos anos 1980.
"Mas não podemos permitir que nossos valores do liberalismo sejam extintos da noite por dia. Nosso partido vai voltar e vai vencer novamente."
O UKIP, de Nigel Farage - que também deixou a liderança do partido após a derrota -, ficou com uma cadeira no Parlamento.
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